Tudo parece indicar que as obras estão a começar num dos dois lados do Triângulo da Ramalha cujo traçado corresponde à proposta dos moradores (Solução 5).
Quanto ao outro lado do triângulo esperamos que o Estado (pessoa de bem), cumpra os compromissos que assumiu quando, de entre as cinco propostas que mandou estudar, optou pela proposta dos moradores (favor ver o despacho da Sra. Secretária de Estado dos Transportes).
Se assim não for, e porque a CMA persiste teimosamente numa sexta solução que não foi estudada e muito menos apresentada publicamente, ocorre-nos contar um episódio passado no antigo regime.
Era preciso recrutar um alto quadro para a função pública, mas as provas documentais não se afiguravam como um método “transparente”, razão pela qual foi superiormente decidido o recurso a provas práticas.
Porque se tratava da admissão de um alto quadro teria necessariamente de ser licenciado.O júri do concurso, depois de muita imaginação, lá conseguiu arranjar um modelo de exame de tal modo abrangente ao qual poderiam concorrer os mais diversos licenciados…
O teste tinha uma única pergunta que era exactamente a seguinte:- Dois e dois quantos são!
Os candidatos que prestaram provas foram cinco e a sua formação e respostas foram:
- Candidato 1 (Engenheiro Mecânico)
Resposta: Dois e dois são quatro.
- Candidato 2 (Engenheiro civil)
Resposta: Dois e dois são quatro, mas aguenta seis (andares, obviamente…)
- Candidato 3 (Economista)
Resposta: Dois e dois são quatro, enfim, a débito será isto, a crédito será aquilo, blá blá, (duas folhas de teste antes de concluir algo…)
- Candidato 4 (Filósofo)
Resposta: Dois e dois, sei lá, se forem dois casais só depois de muitos anos é que saberá quantos filhos terão…
- Candidato 5 (Advogado)
Resposta: Dois e dois, bom enfim, será aquilo que o cliente quiser e estiver disposto a pagar….
Concluídas e corrigidas as provas e reunido o júri, sabe o estimado leitor qual foi o candidato seleccionado?
Um sexto cidadão, digo bem, um sexto cidadão, que nem soube da existência do concurso, mas era amigo do político que o havia lançado…
No Triângulo da Ramalha parece querer aplicar-se o mesmo “figurino” do antigamente, senão vejamos:
Estudam-se exaustivamente cinco soluções e parece querer adoptar-se uma sexta, que nunca foi apresentada nem discutida publicamente com os cidadãos, mas que corresponde aos inconfessáveis interesses da CMA… .
Será que vamos permitir que isto aconteça num regime livre e democrático com mais de trinta anos?
Caro leitor, onde quer que esteja, em PORTUGAL, ou em qualquer canto do mundo, faça eco da triste figura que os “nossos” autarcas estão a fazer, ao não quererem respeitar a decisão do Estado e a algibeira de todos os portugueses…
Março 31, 2007 12:11 AM
2 comentários:
Os actuais democratas afinal não são o que dizem ser.
Que democracia falhada.
É a história do Frei Tomaz, que há pouco ouvi da boca do camarada Jerónimo de Sousa na TV :
" Faz o que Ele diz e não aquilo que Ele Faz".
Mas estes tipos, incluíndo os camaradas, alguma vez serão modelo ou exemoplo para alguém?
"Quero voltar p´ra a ilha!" Digo eu.
Bem metida esta história do Frei Tomaz.
Os camaradas esquecem-se também dos seus telhados de vidro.
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