Foto da Rua Lopes de Mendonça, na Ramalha, prestes a ser destruída, por iniciativa da Presidente da Câmara Municipal de Almada, através das vias férreas do comboio designado MST, para ser convertida num túnel ferroviário e duas faixas de rodagem laterais às ferrovias, em benefício da concessionária que explorará o negócio.
Transcrevemos mais um comentário (em 22NOV2007) de um visitante deste blog, deixado no "Post" de 15/11/2007 " Dois Triângulos em Contraponto".
Anónimo disse...
Efectivamente, os moradores da Ramalha, de um modo geral, estão contra a C.M.A. mas é um facto que nunca tiveram, não têm, nem nunca terão a intenção de cilindrar um qualquer vizinho, quer ele concorde, ou discorde do que se vai ou está a fazer...
Com efeito, o que os moradores da Ramalha não concordam é com a postura incoerente da C.M.A., pois tem dois pesos e duas medidas (ou muitas mais), senão vejamos:
Sempre disse publicamente estar ao lado dos moradores e, nas suas costas e no escuro dos gabinetes do poder, "puxou o carro" do concessionário, "aceitando / impondo" o traçado do MST pelas Ruas de Lopes de Mendonça e de José Justino Lopes...
Mais recentemente, no caso das linhas de muito alta tensão (MAT) da REN, não fez nada que fosse do conhecimento da população quando o traçado esteve em consulta pública (foram publicados éditos), agora, também com lágrimas de crocodilo, vem "colocar-se" ao lado dos moradores afectados (embora só lhes dê conforto moral, não os apoia...).
Haverá nestas atitudes alguma coerência?
Neste último caso está ao "lado dos moradores" a ponto de pedir (?) a alteração do traçado da linha de MAT propondo mesmo a mudança de localização de dezoito postes, com os elevados custos daí inerentes, que, a ser aceite (?) todos nós pagaremos, obviamente nas tarifas de electricidade...
No primeiro caso, no Triângulo da Ramalha, qual a razão que leva a C.M.A. a não estar do lado dos moradores (como diz...), não cumprindo o Despacho da Secretária de Estado na adopção da Solução 5, quando daí resultaria uma economia de 1.2000.000 Euros, que, ao serem esbanjados, todos pagaremos à custa dos nossos impostos...
Haverá algum cidadão, que no seu juízo perfeito, entenda esta dualidade de critérios?
Quem nos ajuda a defender-nos desta (in)competente "maioria"?
Coitados dos moradores:
- Na Ramalha, só dormem das 2h00 às 5h00, ou nos intervalos entre a passagem de duas composições ferroviárias que, certamente, não passam de "pantufas" a uma velocidade que pode atigir os 70 km/h...
- Na Charneca, enquanto dormem (e não só) vão sendo atingidos pelos campos electromagnéticos devidos à próximidade excessiva das linhas de MAT das suas residências...
O futuro está a chegar a Almada, mas é um futuro muito cinzento para alguns cuja situação bem poderia ser minorada, não fosse a qualidade (fraca) dos autarcas que têm...
Novembro 22, 2007 11:39 PM