quinta-feira, abril 05, 2018

O MST está a sangrar o Povo Português

O comboio de Almada é um comboio de prejuízo, isto é,  continua a engolir dinheiro do povo português. Dinheiro necessário para apoio  social e na saúde continua  a ser desviado para alimentar um " elefante branco ".
Foi publicado em 4 de Março de 2018 uma notícia - " Mobilidade. Transportes públicos tiveram o melhor ano desde 2012" - referindo que o número de passageiros/passagens utilizadas neste comboio em 2017 foi de 11,9 milhões tendo incrementado 13% acima dos valores de 2011 (mais 3,5% face a 2016).
 
Em 2017, 11.9 milhões de passageiros é muito pouco e rídiculo. É miséria activa face às previsões iniciais, ao montante e  consequências actuais e futuras negativas, deste contrato para o povo português.
Como é possível que irresponsavelmente "políticos, deputados, autarcas, governantes" continuem a defender o prolongamento das linhas deste desastre económico e ambiental para Almada, para os almadenses e para o povo português, até à Costa da Caparica, Barreiro, Moita, Montijo, novo aeroporto na margem sul?
 
A notícia constitui um embuste face às perspectivas que presidiram à decisão de avançar com este monstro actualmente a circular em Almada na 1ª fase. Assim é, que foi previsto e dito que o comboio MST transportaria 28 milhões de passageiros no 1º ano de exploração e na 1º fase - devia iniciar a circulação em Dezembro de 2005, mas só teve início para todos os troços em 26 Novembro de 2009.
Deste modo, aquele  valor 11,9 milhões em 20017 está muito aquém do número de passageiros previstos para o 1º ano de exploração (início 2005) - veja-se o documento inserido abaixo ou, uma vez que se iniciou só em Nov 2008, para o  primeiro ano de exploração Jan 2009-Dez 2009).
Transportar em 2017 só 11,9 milhões de passageiros é escandaloso, quando no 1º ano de exploração previam 28 milhões e nessa condições foi feito o contrato, porque obriga os contribuintes a pagarem à concessionária milhões de euros todos anos como compensação por estar muito aquém, dez anos depois do início da actividade, do número de passageiros que deveria transportar logo no primeiro ano.
Aqui está um contrato ruinoso que os contribuintes portugueses estão a pagar e quem o negociou, os governantes representantes do Estado Português, não responde pelas consequências para os contribuintes, nem pelas consequências negativas que tal negociata teve para Almada, para os almadenses e para o Estado.
 
 


Transportes públicos tiveram o melhor ano desde 2012

Maior recuperação foi da CP, mas todos os grandes operadores assistiram a uma subida da procura em 2017 devido a factores como o turismo e criação de emprego.


4 de Março de 2018, 7:30         
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Todas as grandes empresas de transporte público de passageiros registaram um aumento da procura em 2017, (algo que ainda não se verificara em 2016) com os valores a espelharem o melhor resultado dos últimos cinco anos: 669 milhões de passagens validadas em 2017 no universo em análise, mais 2,8% face a idêntico período do ano anterior.

De acordo com os dados recolhidos pelo PÚBLICO, e que abrangem as empresas de capitais públicos mas também privadas (caso do grupo Barraqueiro, na rodovia), mesmo comparando com 2011, quando o total de viagens validadas se aproximou do pico de 800 milhões, há duas empresas que já registam evoluções positivas: a Metro do Porto, que fechou o ano passado com 60,6 milhões de viagens validadas (o melhor resultado de sempre, contra os 55,7 milhões de 2011 e 4,5% acima de 2016), período em que ganhou uma nova estação, a VC Fashion Outlet; e o Metro Sul do Tejo (MST), que, com 11,9 milhões de passagens no ano passado, ficou 13% acima dos valores de 2011 (mais 3,5% face a 2016)."


(doc. do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação)
 
Não houve nenhuma grande subida de procura, uma vez que dez anos depois ainda não se atingiu o número previsto para o 1º ano de exploração.
O que tem havido é um negativo marcar passo sem progressão - uma enorme derrapagem, uma transferência de dinheiro público para privados, sem benefício algum para Almada, os almadenses e o povo português...um assalto aos bolsos dos portugueses.

 

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domingo, abril 01, 2018

MST - Também uma opção desastrosa

O MST constitui um triplo desastre: para a população almadense, para Almada e para os contribuintes.

 

"Uma opção desastrosa, também em Portugal


A auditoria do Tribunal de Contas Europeu a 12 projectos em parceria público-privado (PPP) com co-financiamento da União Europeia tem como primeira recomendação a imediata suspensão de novos projectos nestes moldes, pelo menos até resolvidos os muitos problemas identificados.
De acordo com o Público espanhol, estão em causa «insuficiências generalizadas», «gastos ineficazes», «falta de transparência», «atrasos consideráveis» e «derrapagem nos custos». A análise foi feita a projectos em Espanha, França, Grécia e Irlanda.
1,2 mil milhões
Custo adicional para o Estado grego com a renegociação de três PPP rodoviárias
O Tribunal dá o exemplo de três auto-estradas gregas construídas em PPP que, por causa da crise económica, acabaram por ter um atraso na sua conclusão entre 37 e 52 meses, que custaram mais 1,2 mil milhões de euros aos cofres do Estado helénico e que acabaram por ser apenas parcialmente construídas (nalguns casos, apenas metade dos troços entraram ao serviço).
A auditoria sublinha ainda que os riscos financeiros pela menor procura dos serviços prestados através de PPP são maioritariamente suportados pelo parceiro público. Ou seja, os privados entram neste negócio com uma certeza, de que nunca vão perder dinheiro.

PPP nacionais duram até 2040

Em Portugal, a maioria das PPP em vigor são do sector rodoviário. Destas, a primeira a terminar será a da Lusoponte, a quem estão concessionadas todas as pontes sobre o Tejo a sul de Vila Franca de Xira, em 2025. Até lá, as portagens nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama vão para os cofres da empresa – que terá uma palavra a dizer sobre qualquer nova travessia entre Lisboa e a Margem Sul.
A maior, em termos de investimento e de quilómetros, é a concessão Brisa. A concessão dos mais de mil quilómetros que estão entregues à antiga empresa pública só termina em 2035. As concessões da Grande Lisboa e do Pinhal Interior, ambas entregues à Ascendi, só terminam em 2040.
12 mil milhões
Encargos públicos com as PPP em vigor, até 2042
A outra PPP de muito longo prazo é o Metro Sul do Tejo, que está entregue ao grupo Barraqueiro até 2032. Apesar de o contrato ter sido assinado em 2002, ainda estão por concretizar as segunda e terceira fases do projecto, que ligariam, respectivamente, Corroios ao Fogueteiro, e o Fogueteiro ao Seixal e Barreiro.

Se nenhum dos contratos for prolongado ou renovado, o Estado português terá encargos com PP até 2042. Os valores anuais vão descendo ao longo do tempo, mas ainda faltam pagar 12 mil milhões de euros, de acordo com a Unidade Técnico de Apoio a Projectos, a entidade do Ministério das Finanças que acompanha as PPP. E isto sem contar com novos projectos já anunciados, como a construção do Hospital Lisboa Oriental, cuja gestão das instalações o Governo pretende entregar a quem o aceitar construir.

Concessões de hospitais e da Fertagus perto do fim

No entanto, já nos próximos dois anos vão ter que ser tomadas decisões quanto ao futuro de cinco PPP. Os contratos para a gestão dos hospitais de Braga e de Loures termina no próximo ano e para os de Cascais e Vila Franca de Xira em 2020 – apesar de a gestão dos edifícios continuar entregue por mais 20 anos a várias empresas privadas.
No caso do Hospital de Cascais, o contrato terminava este ano mas foi prolongado por mais dois pelo Ministério da Saúde. Adalberto Campos Fernandes já explicou publicamente que esta extensão tem que ver com um atraso no lançamento de um concurso para uma nova PPP – posta agora em causa pelo Tribunal de Contas Europeu.
Outra concessão que termina no próximo ano é a da Fertagus. A empresa do grupo Barraqueiro opera, desde 1999, a travessia ferroviária da Ponte 25 de Abril e, em 2010, acordou com o Estado a extensão da PPP até 2019. Neste caso, a questão que se coloca é se se deve manter esta linha nas mãos de privados ou valorizá-la através da CP – que até é a proprietária dos comboios que asseguram este serviço. Este é um dos operadores (tal como o Metro Sul do Tejo, da mesma Barraqueiro) que se colocou de fora do passe social da Área Metropolitana de Lisboa e pratica preços por quilómetro muito superiores aos das linhas suburbanas da empresa pública.

SIRESP – tragédias expuseram opção ruinosa

Para além dos Transportes e da Saúde, o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) é a outra PPP existente. As falhas nas comunicações desta rede durante os fatídicos incêndios de Junho e de Outubro passado, que deixaram mais de uma centena de mortos, gerou fortes críticas à ausência, por exemplo, de meios de comunicação redundante numa rede que é necessária precisamente nas situações mais dramáticas.

«Está em curso»
António Costa, sobre a entrada do Estado no capital do SIRESP

Apesar de o Governo ter anunciado averiguações às falhas que podem resultar em multas, esse processo ainda não está concluído, apesar de o pagamento referente a 2017 já ter sido feito, como noticiou esta semana o Público. Por outro lado, a prometida entrada do Estado no capital da empresa também ainda não avançou.
Já há dez anos, a primeira PPP da área da Saúde terminava com o fim do contrato: a do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra). Construído em 1995 e entregue ao grupo Mello Saúde, os resultados foram de tal forma negativas que o mesmo governo do PS que promovia as actuais PPP no sector, com Correia de Campos (actual presidente do Conselho Económico e Social) como ministro da Saúde, acabou por o recuperar para a esfera pública, a partir de Janeiro de 2008."

terça-feira, março 13, 2018

Outro acidente com o comboio MST

Este comboio tem sido um grande problema para Almada concelho e cidade. bem como um sugador de dinheiro a todos os contribuintes portugueses, uma vez que os governantes. cega e indecentemente continuam a despejar dinheiro nosso nas mãos da concessionária, por só transportar ainda um terço dos passageiros da previsão que alguém fez para o governo de então assinar o contrato da concessão.
É uma das PPPs ruinosas para o Estado e o curioso e caricato é que democratas metidos ou engajados no sistema político, da direita à esquerda, continuam a apelar  a todos os governos também da direita à esquerda o prolongamento  e extensão da linha  para outras zonas sem ter assegurado até aqui a rentabilidade, querendo com isso iludir os portugueses que este comboio não é rentável porque não vai até ali ou acolá.
Querem no fundo continuar a desviar dinheiro dos portugueses para engorda da concessionária, quando essas verbas eram necessárias para satisfazer necessidades básicas na saúde  ou na educação e formação aos portugueses.
 

imagem retirada da internet
 
Hoje mais um acidente, desta vez em Corroios, com este TGV da margem sul do Tejo. Foi entre o comboio MST e um autocarro. Houve feridos.
Não é mais um  depois do último aqui noticiado, porque muitos foram omitidos pelos meios de comunicação social, mas agora com as redes sociais a divulgação dos acidentes com este sinistro comboio deixou de estar sujeita a controle. É mais um a juntar aos muitos ocorridos ao longo da vida do MST - o TGV da margem sul do Tejo..
Muitos, demasiado, têm infelizmente sido estas ocorrências para além do mal e prejuízos que este comboio trouxe à cidade de Almada e às pessoas que vivem ao longo do espaço canal e na sua proximidade, pelo ruído e barulho que provoca em circulação, mas não só.

quinta-feira, janeiro 18, 2018

MST de Almada/Metro de Estugarda

São notórios e flagrantes os erros cometidos no projecto do TGV da margem sul (MST) quer quanto à sua inserção, traçado, condições de circulação, concepção do projecto e custos para os contribuintes.
Tudo materializado neste comboio da margem sul, devido a muita incompetência à solta, devaneios e abusos democráticos, incúria e má gestão dos dinheiros públicos.
 
i 1
 
i 2
 
Imagem do metro que circula em Estugarda - Alemanha, a saír do túnel para a periferia ( i 1 ), vindo do centro da cidade onde circula  por baixo do chão. Aqui este meio de transporte é silencioso...é mesmo silencioso, isto é, não faz barulho, tal como acontece nas cidades europeias onde existe este meio de transporte à superfície.
 
O apelidado metro de Almada, vulgo MST, circula no centro da cidade à superfície e é super ruidoso. É um trambolho que agride as pessoas com o barulho metálico que faz em circulação, para lá de outros malefícios que trouxe para a vida da cidade e das pessoas.
Em Estugarda, no centro da cidade este meio de transporte circula na totalidade por baixo do chão e quando passa a circular à superfície não agride as pessoas com barulho, circulando em espaço canal quando existe largura suficiente para faixas rodoviárias autónomas  ou em vias comuns ( i 2 ) ao metro e a outros veículos.
 
Almada é um excelente exemplo daquilo que não deve ser feito numa cidade com a circulação de um  meio de transportes destes. Constitui um designado "case study" negativo.
O designado MST tornou-se num projecto negativo para as pessoas e para Almada não só pelo ruído mas por muitas outras razões.
 
Com fundamento em outros critérios de avaliação, o Juiz Conselheiro jubilado do Tribunal de Contas Carlos Moreno apelidou o projecto do Metro Sul do Tejo  "projecto de natureza paroquial", no seu livro "Como o Estado Gasta o Nosso Dinheiro".