segunda-feira, fevereiro 12, 2007

PORQUÊ FUGIR À VERDADE?

Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas Nº 46/2006-2ª Secção ao Metro Sul do Tejo-Dezembro 2006.
Da Resposta remetida, em sede de contraditório, pela Presidente da Câmara Municipal de Almada:
É dito a página 16 desse contraditório (Pág. 122 do Relatório) relativo ao Triângulo da Ramalha:
“No decurso da sessão ( apresentação pública de 11 de Dezembro de 2003 de uma solução alternativa ) foram aventadas, por munícipes presentes, duas outras opções de traçado, uma das quais inserindo a linha na Rua de Alvalade” .
Esta declaração indicia deturpação de factos, porque:
1º- Os moradores nesta data e naquela sessão não apresentaram quaisquer opções ao traçado.
2º- Os moradores haviam apresentado só uma alternativa ao traçado do MST no Triângulo da Ramalha, mas muito antes, em 12 de Outubro de 2003, à Câmara Muncipal de Almada com conhecimento à Concessionária, como provam documentos que possuímos e, não em Dezembro como a Presidente da CMA diz.
3º- A Presidente diz “...uma das quais inserindo a linha na Rua de Alvalade”
Perante as tentativas de sabotar o Despacho da SET, não terá esta declaração sido intencional?
Pergunta-se : Qual linha ?
A nossa proposta inseria e inser as duas linhas (2 e 3) na Rua de Alvalade!
Naquela sessão, os moradores contestaram sim o facto de terem apresentado uma proposta em tempo (Outubro 2003) e a mesma não ter sido considerada naquela apresentação pública.
A Concessionária não a referiu, acabando por dizer e a CMA publicou, que tais soluções (?) tinham sido equacionadas, mas abandonadas por não permitirem cumprir alguns condicionalismos técnicos, tais como inclinação máxima das composições, raios de curvatura, altimetria, desvios de agulhas, entre outros, os quais ficou de transmitir.
Perante o ocorrido, os moradores solicitaram que tais condicionalismos lhes fossem apresentados em igualdade de circunstâncias com a proposta da alternativa apresentada pela Concessionária/CMA, para assim avaliarem da validade dos argumentos que diziam haver contra a nossa alternativa.
Foi dito que seria apresentada posteriormente ” a razão de ciência da inexequibilidade das soluções (?) colocadas na apresentação da solução alternativa”. Verificou-se mais tarde, em 16 de Junho de 2005, após a nossa proposta ter sido mandada estudar pelo Concedente (Estado) em conjunto com outras 4 Soluções alternativas, que não havia qualquer “razão de ciência da inexequibilidade das soluções colocadas”, aliás e corrigindo, da única solução colocada por nós.
A proposta dos moradores era a melhor e mais económica, das 5 e mereceu o despacho favorável da Secretária de Estado dos Transportes (Despacho nº 06.07/05SET de 22JUL2005. Estamos aqui perante duas fugas à verdade praticadas pela Câmara Municipal de Almada:
1ª Os moradores não apresentaram duas soluções alternativas.
A verdade: apresentaram só uma
2ª Não foi em Dezembro de 2003 que o fizeram.
A verdade : foi em Outubro de 2003 conforme sabemos e temos documentos.
Já ouvimos indefectíveis apoiantes da CMA dizer que estas "fugas" não são relevantes!
Para onde vai Almada com posturas e comportamentos destes ?
Será que já vale tudo?

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