segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Intervenções na Assembleia Municipal de Almada - 1ª

Iniciamos hoje a divulgação de intervenções dos moradores da Rua Lopes de Mendonça - Pragal - na Assembleia Municipal de Almada. Esta 1ª intervenção, foi lida em nome dos moradores, pelo morador António Correia, no dia 10 de Março de 2004, no Período Aberto ao Público, durante a Segunda Reunião da Sessão Ordinária referente ao mês de Fevereiro de 2004 da Assembleia Municipal.
Moradores da Rua Lopes de Mendonça, 2800 Almada Almada, 10 de Março de 2004 Exmos. Senhores, Presidente da AM, da CM, Deputados Municipais, caros concidadãos, Como sabem, temos vindo a participar nos eventos públicos de divulgação e ou esclarecimento sobre o projecto e evolução das obras do MST, promovidos pela Câmara. Com esta postura correspondemos ao convite feito pela Câmara, tendo resultado da nossa participação a apresentação de uma proposta concreta de alteração do traçado do MST no denominado Triângulo da Ramalha. Esta proposta, tal como uma outra apresentada pela própria CMA, ao que nos dizem, ainda estão em estudo nas entidades tidas como competentes para as apreciar… Da reunião de apresentação pública que teve lugar na Sociedade Recreativa União Pragalense no dia dia 11 de Dezembro, e da última sessão de divulgação havida no fórum Romeu Correia, ficou a promessa formal de que as duas propostas (a nossa e a da CMA) iriam ser estudadas pelos técnicos competentes para se poder avaliar da sua exequibilidade de modo a serem novamente apresentadas aos moradores, facto que, mau grado as muitas promessas formais e informais feitas pela Câmara Municipal e demais responsáveis envolvidos, ainda não aconteceu. No que respeita à nossa proposta, largamente apoiada pela população residente, ela resulta do conhecimento que temos da topografia do terreno e está suportada tecnicamente, quer por dados topográficos reais, quer pelas diversas opiniões recolhidas junto de técnicos especialistas na matéria, engenheiros civis, que connosco partilham os seguintes factos; a) É possível o estabelecimento do traçado da Linha 2, Corroios-Pragal, da Av. Bento Gonçalves para a Rua de Alvalade, tal como o é para a Rua do Clube Recreativo da Ramalha (proposta da CMA); b) É possível na Linha 3, Cacilhas-Universidade, curvar à direita junto ao Monumento do Trabalho ,em alternativa à Rua Lopes de Mendonça, pois o início da curva constante na proposta apresentada está exactamente à mesma cota da pequena rotunda onde se iniciam as Ruas de Alvalade e do Clube Recreativo da Ramalha, isto é, exactamente 33 m, podendo mesmo fazer-se a separação de vias a uma cota superior se tal for necessário. Neste caso, em local tecnicamente adequado, a partir do viaduto da Av. Bento Gonçalves sobre a rua Cidade de Ostrava. c) O declive da Rua de Alvalade é inferior a 8%, pois aos cerca de duzentos e cinquenta metros que separam o inicia da Rua até à Rua José Justino Lopes, corresponde uma diferença de cotas inferior a 16 metros, donde resulta um declive de 6,7%.. Estas conclusões correspondem a factos, os quais contrariam frontalmente as informações dadas no reunião havida no Pragalense e foram comunicadas e justificadas em tempo oportuno à Câmara Municipal, estando todos os moradores à espera de serem convidados para a discussão da solução final, sendo certo que estão convictos da qualidade da proposta apresentada, atendendo aos seguintes factos: - O Triângulo da Ramalha é transferido para uma zona livre onde não deixa qualquer almadense enclausurado no seu interior facto grave que aconteceria, quer no traçado inicial, quer na proposta da CMA, pois esta última só alarga o dito triângulo e aumenta a quantidade de moradores enclausurados; - O traçado que propomos pela Rua de Alvalade, sendo mau como qualquer outro, é o menos mau, pois não afecta qualquer morador das Ruas Lopes de Mendonça (149 famílias), da Cidade de Ostrava (22 famílias) e da Justino Lopes, com um número de famílias bastante superior, não sacrificando os já escassos estacionamentos e espaços pedonais existentes nestas ruas, frequentadas por muitas crianças e jovens, pois estamos na zona nova da cidade. - Na rua de Alvalade, o traçado do MST desenvolver-se-ia nas traseiras dos prédios existentes, prejudicando menos os seus moradores, pois esta rua apenas serve três prédios e os estacionamentos dos restantes, logo, desde que devidamente sinalizada através de semáforos, permitiria uma “co-habitação” pacífica do trânsito local com este novo e moderno meio de transporte, acesso que ainda poderia ser melhorado de forma complementar a partir da Rua José Justino Lopes. Como qualquer destas propostas está em aberto, a fazer fé nas afirmações reiteradas dos autarcas aqui presentes, não podemos permitir a realização de quaisquer obras em zonas onde não estão autorizados ou devidamente definidos os traçados finais. Com efeito, não nos parece minimamente aceitável que sejamos espoliados dos já escassos espaços reservados a estacionamentos ou circulação pedonal, passeios, pela simples razão de a nossa proposta de traçado implicar a eventual expropriação deste ou daquele lote de terreno eventualmente necessário para o correcto estabelecimento do traçado que propomos. Se tal tivesse que acontecer, a expropriação de um lote, seria uma forma de, com um prédio a menos tentar corrigir os erros anteriores que permitiram o anormal aumento da densidade populacional nesta zona da cidade que, pretendendo-se nova, mais não parece que um conjunto de exagerado de colmeias. Por favor não esqueçam, que no traçado do MST proposto pelo concessionário, alegadamente aprovado pela Câmara, facto que gostaríamos que nos confirmasse, as abelhas a que nos referimos anteriormente passariam a habitar em prédios localizados a poucos metros deste, isto sem esquecer que tais abelhas ficariam privadas do direito inalienável ao repouso pois os favos onde descansam, os seus quartos, estão localizados exactamente do lado do espaço canal… Para terminar gostaríamos de salientar que as muitas centenas de cidadãos afectados, presentes ou não nesta Assembleia, tal como os autarcas que os representam, serão igualmente intransigentes na defesa dos seus justos interesses, mas, naturalmente, com o mesmo sentido de responsabilidade. Obrigado

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