terça-feira, abril 17, 2007

Verdades, Incorrecções e Interesses Pouco Claros

O Encarregado de Missão do Gabinete do Metro Sul do Tejo, segundo nos foi transmitido, parece ter dito no passado dia 13 de Abril de 2007, sexta-feira, numa reunião da Comissão Concelhia de do Partido Socialista, de Almada, que a Solução 5 não era viável devido ao aumento dos tempos de percurso, nomeadamente da Linha 3 e que isso seria prejudicial à Exploração do MST. Para desmontar esse incorrecto argumento, apresentamos o estudo das Alternativas ao Triângulo da Ramalha referentes a Análise da Exploração, bem como os Critérios usados e conclusões. O que apresentamos é parte integrante do Estudo mandado fazer pelo Estado das Soluções Alternativas ao Traçado, o qual foi apresentado à população em 16/06/05, onde o actual Encarregado de Missão esteve presente.
Apresentam-se só os estudos das Soluções 1,2, e 5 porque as Soluções 3 e 4 eram mais gravosas.
(para ler clique sobre as imagens)
Veja-se:
CRITÉRIO 1. (Raio Mínimo de Curvatura). A Linha 2 na Solução 5 (R. de Alvalade) tem um só raio de curvatura mínimo (35m) superior ao que teria a Linha 2 na Solução 1 (2 raios consecutivos de 25m). Neste critério os raios de curvatura satisfazem os requisitos técnicos, ultrapassando a Solução 1 (2 raios consecutivos de 25m) e a Solução 2,(30m), onde o raio é menor. Relativamente à Linha 3 a Solução 5 apresenta um raio de curvatura menor (35m)perfeitamente aceitável e melhor ainda, que os dois raios consecutivos de 25m da Solução 1 para a Linha 2 no traçado inicial. CRITÉRIO 2. (Declive Máximo). Que poderia ser um óbice para a Solução 5, embora seja inferior ao valor máximo permitido (8%), não comprometendo esta Solução para a linha 3, deixa de o ser, porque a Linha 2 Corroios-Pragal-Corroios vai ser inserida na R. de Alvalade. Logo a linha 3 ficaria com um declive igual ao da Linha 2, visto os comboios-eléctricos, usarem as mesmas vias, neste percurso. Portanto se a Linha 2 é viável aí, a Linha 3 também é. CRITÉRIO 3. (Tempos de Percurso). A soma dos tempos de percurso das linhas 2 e 3, revelam que embora na Solução 5 a Linha 3 tenha tempo superior, já a Linha 2, tem tempo inferior às Soluções 1 e 2. Assim, vejamos o somatório dos tempos globais ida e volta para as Linhas 2 e 3: Solução 1 ......... Linha 2: 29,7m + Linha 3: 38,2m = 67,9 minutos Solução 2 ......... Linha 2: 29,9m + Linha 3: 38,2m = 68,1 minutos Solução 5 ......... Linha 2: 29,0m + Linha 3: 39,0m = 68,0 minutos As conclusões do estudo (última folha), conforme se pode ver nos documentos insertos, permitiram aos Técnicos estudiosos das Soluções Alternativas, "concluir que não se verificam diferenças significativas entre os tempos de percurso das soluções testadas e ainda que as variações observadas não comprometem o Plano de Rotação do Material Circulante, correspondente ao Horário contractualizado". O único e eventual argumento contra a Solução 5 em relação à Solução 1, no que se refere à Linha 3, é, o cateto do triângulo na Av. Bento Gonçalves ( a distância entre os pontos em que as linhas 2 e 3 curvam na Av. Bento Gonçalves para a R. de Alvalade) ser inferior ao da Solução 1. Esse problema segundo dois Engenheiros da Concessionária, um deles, Eng. Silva e Silva (nome fictício) tem solução técnica, desde que a Linha 3 desvie na Av. Bento Gonçalves, um pouco antes para a direita (imediatamente a seguir ao viaduto), onde existe espaço, para depois curvar para a R. de Alvalade e assim o cateto do triângulo ficará igual ao da Solução 1. A afirmação do Encarregado de Missão na citada Reunião, não tem pois fundamento, para o não cumprimento do Despacho e implantação local da Solução 5.
Parece-nos que aqui está montado um "negócio", em prejuízo dos moradores e dos almadenses.
O não cumprimento do Despacho da Secretária de Estado dos Transportes só pode ser entendido, neste caso, como má vontade e propósito de prejudicar os moradores da R. Lopes de Mendonça e R. José Justino Lopes e, uma vingança da Presidente da CMA à pertinência e persistência destes em legitimamente defenderem os seus interesses. A senhora não tolera que os cidadãos pensem pela cabeça deles e que lutem pelos seus interesses. Pensa ela que está num regime ditatorial. Acha que sendo ela do PCP tem sempre as melhores soluções para a população. Pura ilusão!
Os cidadãos, pessoas livres que são, não aceitam nem pactuam com a prepotência, a arrogância, vinganças, autoritarismo e métodos ditatoriais da presidente.

4 comentários:

Anónimo disse...

Ainda há pessoas em lugares de responsabilidade que têm cara de feijão frade.
O encarregado de Missão deve comer muito queijo e os socialistas dão-lhe crédito, porque provavelmente não é só ele a comer queijo.

Anónimo disse...

Vendo tudo o que nos é aqui mostrado, julgo que a nova Solução X nasce a partir da mistura da solução 1 e 5. Por julgar que a Solução 5 é a menos prejudicial, não poso deixar de pensar que se o Governo/CMA decidir que as duas linhas não podem passar pela Rua de Alvalade os moradores ficarão numa situação muito complicada. No entanto não se dispõe de muito mais tempo... É por isso que julgo que talvez esteja na altura de apresentar uma solução intermédia, uma Solução Y, que colocaria a linha Cacilhas-Universidade na Rua Cidade Ostrava e a Corroios-Pragal na Rua de Alvalade (mistura da Solução 3 e 5). Esta não será certamente a melhor solução pois o acesso ao Hospital continua dificultado e existem ainda alguns moradores prejudicados, no entanto não existiriam problemas da fluidez do tráfego rodoviário na Avenida (acessos à Ponte), não ocorreria diminuição do estacionamento na RLM nem seria dificultado o acesso as garagens dos prédios pares. As garagens dos prédios ímpares teriam o acesso um pouco dificultado, no entanto penso que se poderia alterar a entrada do beco das garagens para o lado oposto (Avenida, junto aos prédios) através da RLM. Assim as linhas do triângulo deixam de passar pela frente das fachadas dos prédios (não prejudicando tanto os moradores da zona); na rua de Alvalade a linha passa pelas traseiras dos prédios e na Rua Cidade Ostrava a linha passa também pelas traseiras dos prédios.

Anónimo disse...

Todo este processo leva-me a pensar que estão aqui montadas duas cabalas:
1. Uma entre o Governo PS e o PCP
2. Outra entre a CMA/presidente da CMA e o Ministério das Obras Públicas/Secretária de Estado dos Transportes.
É o já gasto anúncio dois em um.
Qual foi a moeda de troca é o que resta saber, isto é o que está por detrás disto.
O mar está a bater na rocha e quem se lixa são os moradores da Lopes de Mendonça e a população de Almada com este MST, porque governantes e autarcas não têm escrúpulos nem vergonha, quando outros "valores mais altos" se levantam para eles.

Anónimo disse...

Esta interpretação de ROUXINOL é possivel que faça sentido, porque alguma coisa está escondida visto os ratos não sairem da tóca, estão caladinhos. Temos mais um escândalo a juntar a outros já conhecidos.