Divulgamos hoje a informação/documento enviado, só em 19 de Janeiro de 2007, pelo Ministério das Obras Públicas, Transporte e Comunicações, à Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações da AR.
Compare-se a redacção deste Documento com o teor da Inf. nº34/2005/CC que serviu de base ao Despacho nº 06.07/05/SET de 22JUL2005 (inserido neste blog em 4 de Abril 2007).
(clicar sobre os documentos para ler)
PONTO 1.
1º parágrafo:
onde se lia “...tem sido objecto de grande contestação...”, foi escrito “...tem sido objecto de contestação...”
onde se lia ”...o que tem contribuído para inviabilizar...”, foi escrito “...o que contribuiu para inviabilizar...”
2º parágrafo:
foi profundamente reformulado com uma referência final à Declaração de Impacte Ambiental, que era referida no ponto 5 da Inf. Nº34/2205/CC, mas com outro sentido.
PONTO 2:
Aqui o esquema foi rascunhado sobre o esquema original.
PONTO 4:
Está adulterado na redacção como se pode verificar pela leitura comparativa.
A partir do PONTO 5 inclusive, da informação remetida à Assembleia da República pelo Governo, há uma nova redacção de conveniência, para satisfazer as pretensões da CMA ( embora falando em segurança (?), fluidez(?) e fiabilidade(?),omitindo tudo o que havia sido escrito na Inf nº 34/200/CC, em prejuízo dos moradores da R. Lopes de Mendonça.
A justificação(segurança, fluidez e fiabilidade) apresentada no PONTO 8, carece de fundamento, uma vez que a retirada da Linha 3 do MST da R. Lopes de Mendonça já tinha sido estudada e apresentada publicamente (16JUN2005).
O PONTO 9 do documento enviado à Assembleia da República só diz mentiras e reflecte que quem o redigiu não deve conhecer nem a zona, o que está em causa, nem o que está a dizer. Vejamos:
1º. Com a solução indicada neste, contrariamente ao que é dito, não se ultrapassam grande parte das questões levantadas pelos moradores da R. Lopes de Mendonça, não se ultrapassam nenhumas, para os moradores dos nºs pares.
2º. O traçado do MST pela R. Cidade de Ostrava não condicionava o acesso às garagens dos moradores desta rua . O acesso às garagens desta rua nunca foi feito nem é feito, pela R. Cidade de Ostrava
3º. Os moradores da R. Lopes de Mendonça (nºs pares) ficam com os acessos às garagens gravemente afectados com a linha 3 nesta Rua, para além de outros gravíssimos problemas , para todos os residentes desta rua.
4º. Não há “medidas mitigadoras adicionais a implementar na R. Lopes de Mendonça” com a passagem do comboio-eléctrico (MST) por aqui.
O que há a fazer nesta rua para não prejudicar os moradores e respeitar o seu direito à qualidade de vida no local de residência, é obrigar a CMA a cumprir a decisão do Governo - o Despacho nº 06.07/05SET de 22JUL2005 da Secretária de Estado dos Transportes.
Da comparação dos 2 documentos ressalta o cozinhado feito para satisfação da CMA e prejuízo dos moradores.
DEPOIS DAS EXIGÊNCIAS DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL AO GOVERNO EM 10MARÇO2004, ESTAMOS PERANTE UMA SUBVERSÃO DE VALORES, UM ESCÂNDALO PÚBLICO E UMA OFENSA À DEMOCRACIA, PRATICADOS EM PREJUÍZO DOS CIDADÃOS .
5 comentários:
Estamos em Portugal e isto diz tudo.Casos destes são meras banalidades quando comparados com o que se está a passar com a Universidade Independente.
Quando não se tem argumentação, desvia-se o assunto. Olhar para o umbigo é bem mais fácil, mas preocuparmo-nos com o bem-estar de uma determinada rua (que por acaso nem é a minha) que estará sujeita o ruido, o incomodo e a outro tipo de prejuizos ambientais e economicos que dai poderão adevir isso já não me diz respeito.
O homem é um ser eminentemente social.Está nos livros. Como tal só consegue viver e sobreviver se partilhar com os outros alguma coisa. Se por acaso alguém entende que não precisa de seus semelhantes, desce abaixo da escala animal. Os problemas desta R. Lopes de Mendonça, em Almada são essencialmente problemas de pessoas, de seres humanos, porque aqui reside gente, aqui essa gente passa parte da sua vida ou o resto da sua vida e os autarcas e governantes são eleitos para respeitar as pessoas.Se a rua não tivesse gente a morar não era rua, era local de passagem. Os governantes deste país e autarcas de Almada não podem ver o problema do comboio ou da empresa que o explora unicamente do ponto de vista da sua viabilidade económica, da sua rentabilidade. Se é só isso que vêem então estão a gerir negócios e não a sociedade que lhes paga os ordenados. Estão contra as pessoas.
Se a empresa detentora do negócio MST não obtiver a rentabilidade que pensa,(acordada com o Estado - governantes que assinaram o negócio) irá imediatamente mamar na teta do Estado (aqui já não são os governantes a pagar, mas todos nós). Ora os governantes e autarcas não querem que isso aconteça, para então dizerem que estão a defender o Estado, o interesse colectivo(?). Pura jogada para distrair os cidadãos!
Por isso dizem que o interesse colectivo (aqui é o da empresa, o lucro), não dos cidadãos, está acima dos interesses pessoais (dos moradores)achando-se então com o direito de roubarem aos moradores a sua qualidade de vida , os prejudicar nas acessibilidades e mobilidade, de perturbar a tranquilidade nas suas habitaçõesa aumentando o ruído e poluição, de lhes perturbar o sono.
Confundem e misturam interesses privados com interesses dos cidadãos.
Nós cidadãos não podemos nem devemos ficar indiferentes ao que se passa à nossa volta, porque aquilo que se passa ao lado, amanhã vem-nos bater à porta, como não podemos ficar indiferentes ao abate de árvores na Amazónia e à exploração e extermínio de seres humanos em qualquer parte do Globo, por interesses de grupos que assumem o controle de qualquer país, região ou grupo económico.
Estes senhores autarcas em Almada e os actuais governantes do país estão a portarem-se muito mal relativamente aos almadenses com este comboio-eléctrico designado MST.
Basta olharmos para o projecto, traçado e inserção, atrasos das obras e as manobras da CMA neste processo.
Quem nos socorre nesta situação?
Haja, pelo menos. alguma honestidade intelectual, ética politica e social na sua condução... respeito pelos cidadãos, pelas pessoas.
Que os autarcas tenham alguma vergonha dos males que estão cometendo e algum discernimento para reconhecer os erros que fazem.
Este assunto está ao rubro. Outra coisa não era de esperar.
O que eu não esperaria, nem decerto a maioria dos cidadãos, é que a monstruosidade avance enquanto os responsáveis por ela passeiam como se nada estivesse a acontecer.
Não moro na Rua Lopes de Mendonça mas sou um cidadão que se preocupa (e isto não é demagogia) com o bem estar geral. Se uma obra me incomoda e, se ainda por cima, a execução dessa obra não decorre com a normalidade necessária, antes pelo contrário é, constantemente, posta em causa, então o que dizer/fazer?
Não questiono uma obra cuja utilidade seja indiscutível. Não é o caso. Como se tem visto, e no caso concreto da Rua Lopes de Mendonça, havia alternativa ao traçado. Logo, a inutilidade se questiona sem quaisquer dúvidas.
E, se à inutilidade, pelo já explicado, se juntar a teimosia e a arrogância de quem detém o poder, seja ele central ou local, então concluiremos, sem dificuldade, que estamos perante a tal questão da força que quer vencer a razão.
Oxalá que de tanto se falar em Lopes de Mendonça o senhor, criador do hino nacional português, não ressuscite e veja, com os seus próprios olhos, esta melancólica desgraça.
É evidente que este último parágrafo não pretende ofender ninguém. Muito menos, o respeitado que foi Lopes de Mendonça.
Completamente de acordo com o residente, e é tanto mais grave , porque os autores desta barbaridade moram ao pé de nós, andam nas mesmas ruas, vão aos mesmos cafés e cumprimentam-nos (será ?).
Só nos falta dizer e gritar bem alto QUEM NOS ACODE!!!!!!!!
Enviar um comentário