quarta-feira, março 04, 2009

Destruir duas ruas, Prejudicar moradores, Endividar o Estado e Arruinar os portugueses

Está a verificar-se que a opção da presidente da Câmara em destruir as Ruas José Justino Lopes e Lopes de Mendonça, na Ramalha, para impor aos residentes a passagem da linha 3 do seu comboio, é um desastre económico a somar aos enormes gastos feitos para destruir aquelas duas ruas e adaptar a morfologia local à implantação das vias férreas e circulação das composições do comboio.
o comboio nas ex Ruas José Justino Lopes e Lopes de Mendonça
Verifica-se que esta linha 3 do dito comboio MST, pelo número de passageiros que em média transporta diariamente é altamente deficitária, concomitantemente por se sobrepor ao percurso das linhas 1 e 2 na quase totalidade do seu percurso, circulando os comboios um atrás do outro.
Temos assim duas composições ora 1+3, ora 1+2, ora 2+3 a circular seguidas na mesma linha, excepto nos 450 metros correspondentes às destruídas ex-ruas José Justino Lopes e Lopes de Mendonça para a linha 3 (só linha 3) e, para a linha 2 no troço entre a Bento Gonçalves e a estação da Ramalha, isto é no lado do triângulo correspondente à Rua de Alvalada (só linha 2).
A partir da estação da Ramalha as linhas 2 e 3 sobrepôem-se até à Estação do Pragal onde os passageiros da linha 2(Corroios-Pragal-Corroios) fazem transbordo para a composição da linha 3(Cacilhas-Universidade-Cacilhas) se quiserem seguir para a Universidade.
O que vemos é um luxo demente, originado no delírio da presidente da CMA em querer mostrar um comboio, designado impropriamente por metro, a circular por Almada e dando prejuízo.
1 -Quantos passageiros são transportados diariamente em média/composição na linha 3?
2 -Ninguém neste país é capaz de questionar os prevaricadores/causadores da inutilidade de um MST deficitário?
3 - Porque estão os cidadãos deste país a pagar diariamente o défice desta exploração, resultado das opções erradas da presidente da Câmara pelo traçado e inserção das linhas, quando deveria ter optado por outra inserção e traçado a partir de Cacilhas?
4 - Terão os portugueses de continuar a pagar eternamente - através do desvio do dinheiro dos seus impostos que poderia ser mais útil se investido na melhoria dos cuidados de saúde a prestar pelo Estado aos cidadãos - os erros da presidente da Câmara, já que por força do contrato com a MTS, o Estado Português tem obrigatoriamente de pagar a ausência de passageiros no comboio da senhora?

Para a empresa exploradora, a Metro Transportes do Sul (MTS), o lucro está sempre garantido pelo Estado.

Um grande negócio sem riscos para a MTS, mas possivelmente com bons colaboradores na sua concretização.

Em prejuízo dos contribuintes portugueses, evidentemente.

10 comentários:

Anónimo disse...

E já agora... sem descurar negociatas do costume em obras do género.

Fernando Antolin disse...

Estando de acordo com os argumentos de quem foi prejudicado com a asneira desse traçado,estou um pouco baralhado...vamos lá a ver,nesse troço parece-me que o que passa é o metro Cacilhas-Univ. certo? Mais à frente encontra o troço que vem de "baixo"(esquerda),metro Corroios-Pragal? Diga-me de sua justiça.Obrigado
Fernando Antolin

residente disse...

Sr. Fernando Antolin

Foi introduzido no texto do post uma clarificação relativa à sobreposição das linhas e duplicação de carruagens no mesmo sentido.

Agradecemos seu comentário e reparo.

Anónimo disse...

Há muitos meses alguem perguntou neste blog se seria muito penoso para os utentes fazerem transbordo no Centro-Sul...

Anónimo disse...

Para quando a divulgação dos resultados das medições do nível de ruído na TRINHEIRA FERROVIÁRIA LOPES DE MENDONÇA?

Poderão os moradores contar com a isenção do Ministério do Ambiente?

NÃO ACREDITO. E VOCÊ?

Anónimo disse...

Qual o interesse de resultados manipulados?

Anónimo disse...

Exactamente...
Seria muito mais inteligente (e económico) ter a linha "Cacilhas Corroios" em pleno funcionamento e uma linha, vai e vem, entre o Centro Sul e a Universidade.
Esta solução evitaria filas, não de utilizadores do Comboio, mas de composições ferroviarias... que, para além de estorvarem umas às outras (circulando vazias...), prejudicam seriamente o trânsito automóvel (que não circula...) com a desnecessária poluição daí resultante.
Isto para além de devolver o direito ao justo descanso que FOI ROUBADO selvaticamente a todos os moradores das agora denominadas trincheiras ferroviárias de Lopes de Mendonça e de José Justino Lopes...

Anónimo disse...

Se todos os residentes em Almada fossem votar não tendriamos estes inutiles na Câmara. Vão votar e a colocá-los no seu lugar, A RUA.

Anónimo disse...

PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL
PROPOSTA DE PLANO ESTRATÉGICO | J ANEIRO 2009


(…)

Rede do Metro Sul do Tejo - ligação do terminal de Cacilhas à Cova da Piedade, passando
pelo interior do território dos antigos estaleiros da Lisnave - MST/ Concessionária/ Fundo
Margueira (disponibilidade de comparticipação no valor do investimento) - estimativa de
empreitada de cerca de 35 M€;


(…)

Para o território da Margueira tomou-se um prazo total de 15 anos para a intervenção respectiva, que será iniciado com a realização de trabalhos de preparação de terreno e de demolições ao longo de um período de um ano. Segue-se a construção de infra-estruturas marítimas ao longo de um período que se estima de três anos. Após esta fase serão realizadas várias infra-estruturas gerais primárias, arranjos exteriores e espaços verdes, o que durará 11 anos. Em paralelo serão realizadas obras de interesse geral – túnel do Brejo e extensão do MST à Margueira – para o que será necessário um período de quatro anos. De seguida serão construídos vários equipamentos para o que se estima quatro anos de duração.

(…)


5.2.3 | MARGUEIRA

Para efeitos da presente análise de viabilidade da intervenção a concretizar no território da
Margueira há que ter em conta que:

| O ano 1 corresponde ao ano de aprovação do Plano de Urbanização;

| A operação de reconversão urbanística nos terrenos da Margueira será desenvolvida num
prazo temporal de 15 anos.

O VAL actualizado apurado, sem o terreno, oscila entre 74,6 e 77,1 milhões de euros. De modo a
viabilizar esta intervenção, seria necessário reduzir o investimento entre 10%.

O VAL actualizado apurado, com o valor do terreno, oscila entre 39,2 e 41,7 milhões de euros. De
modo a considerar a recuperação do valor do terreno, seria necessário baixar a taxa de
actualização para 2%, correspondendo a um VAL entre 85,7 e 86 milhões de euros


http://downloads.sol.pt/PDF/relat%C3%B3rioarcoribeirinho.pdf

http://downloads.sol.pt/PDF/arcoribeirinho.pdf

Anónimo disse...

Rede do Metro Sul do Tejo - ligação do terminal de Cacilhas à Cova da Piedade, passando
pelo interior do território dos antigos estaleiros da Lisnave - MST/ Concessionária/ Fundo
Margueira (disponibilidade de comparticipação no valor do investimento) - estimativa de
empreitada de cerca de 35 M€;