quarta-feira, dezembro 12, 2012

O MST caiu do céu

Ninguém é responsável por isto.
Foi mistério. Mas que grande mistério!
Serão sempre os portugueses abaixo da classe decisora a pagar e Almada e os almadenses a serem prejudicados, enquanto outros ficaram com os lucros e proventos de uma obra inútil.
Os eleitos, governantes e autarcas, fazem tudo muito bem feito e com as melhores intenções para gastar dinheiro do orçamento público. Depois quem se trama somos nós, contribuintes, que temos de pagar as despesas das burrices feitas.
 

Metro sul do Tejo: Cravinho recusa paternidade «ruinosa»

Na comissão parlamentar, ex-ministro de António Guterres disse que lançou o concurso apenas um mês antes de sair do Governo

Por: Redacção | 2012-12-11 15:21
O antigo ministro das Obras Públicas João Cravinho recusou-se esta terça-feira a assumir a paternidade da parceria público-privada (PPP) do Metro Sul do Tejo, uma das que a maioria no Parlamento considera mais ruinosa.

O ex-ministro do Governo de António Guterres, que esteve a ser ouvido na Assembleia da República na comissão de inquérito às PPP do setor rodoviário e ferroviário, frisou que assume todas as responsabilidades relativas à concessão rodoviária do Oeste, mas que em relação ao Metro Sul do Tejo (MST) apenas lançou o concurso internacional um mês antes de sair do Governo, a 28 de outubro de 1999.

Em declarações aos jornalistas no final da audição, João Cravinho disse ter assumido «as responsabilidades integralmente no que diz respeito à concessão Oeste porque assinei o contrato de concessão», mas que no caso do MST apenas abriu «o concurso internacional» e «um mês depois fui-me embora do Governo», sendo que «quase três anos depois é que fazem a assinatura do contrato», em julho de 2002, pelo então ministro das Obras Públicas do Governo de Durão Barroso, Valente de Oliveira.

«Estas questões de paternidade nos humanos é uma questão de nove meses e não uma questão de 18 ou de 27 meses», adiantou o ex-ministro, citado pela Lusa, para explicar o que poderia ter sido feito no intervalo entre o lançamento do concurso, feito por João Cravinho e a assinatura do contrato, realizada por Valente de Oliveira.

O PSD, pela voz do deputado Emídio Guerreiro, acusou João Cravinho de ser o «pai» de uma PPP como o Metro do Sul do Tejo, de «negócio ruinoso para o Estado» e de o concurso internacional ter estado na génese de «tudo aquilo que sucedeu».

João Cravinho afirmou na comissão que «a responsabilidade política vem com quem outorga a concessão e resulta da apresentação de propostas», sendo que «o concurso poderia ter terminado em qualquer fase».

Na mesma comissão, o deputado do PSD Emídio Guerreiro disse aos jornalistas, citado pela Lusa, que os social-democratas vão propor à comissão de inquérito que «sejam enviados os inquéritos indicativos aos dois ministros que se sucederam ao engenheiro João Cravinho no Governo de António Guterres, ou seja Ferro Rodrigues e José Sócrates».

Emídio Guerreiro adiantou que, como João Cravinho disse que «os seus sucessores poderiam ter alterado» o concurso para o MST, o PSD considera essencial enviar perguntas a José Sócrates e Ferro Rodrigues para apurar o que aconteceu até à assinatura do contrato.

«Tivemos oportunidade de ouvir quem esteve na linha final, o engenheiro Valente de Oliveira, que nos disse que tomou posse e que estava tudo pronto e feito pelo anterior Governo e que, em poucas semanas, teve de decidir», disse o deputado do PSD.
 
in TVI24 on line

2 comentários:

Anónimo disse...

Já agora, a Comissão Parlamentar de Inquérito, entre outros factos (graves), não quererá indagar qual a razão que levou a Câmara Municipal de Almada a recusar a melhor proposta para o traçado do MST no Triângulo da Ramalha?
A quem interessou que que não fosse adoptada a solução mais económica, solução que resultou de um estudo comparativo encomendado pelo Ministério das Obras Públicas? A Comissão Parlamentar de Inquérito tem neste Blog uma excelente ferraments de trabalho...
Para quando as conclusões de tão grave atropelo aos interesses dos cidadãos residentes e contribuintes?
Será que houve contrapartidas pelo "encarecimento" desnecessario da obra? Foi construído mais meio quilómetro de linha...
Quem se aproveitou da situação?
Mais vale descobrir a verdade tarde que nunca...

Anónimo disse...

Os Portugueses estão a pagar as autoestradas e o metro Sul do Tejo e estão bvazios nas regiões deprimidas.
Já que os cidadãos têm que pagar petrmita-se-lhes que encham as carruagens vazias e as autoestradas das zonas deprimidas.
O caminho é a eficácia da máquina do estado para produzir, cobrar impostos e deixar os bens e pessoas circular livremente.