sexta-feira, outubro 22, 2010

Economicamente Insustentável

Aquilo que os almadenses previam e para que alertaram está a acontecer.
Em consequência de um desastrado projecto, traçado e inserção, o comboio da presidente da Câmara Municipal de Almada, vulgo MST, é um fiasco e um enorme desastre económico.
Os almadenses foram as únicas pessoas sensatas nesta matéria. Intervieram nos famigerados e tristes "foruns" ditos de participação MST, com críticas sensatas e sugestões construtivas, mas a superior inteligência da presidente da Câmara e seus acompanhantes e/ou caciques estava lá para denegrir e desprezar os almadenses que queriam participar para bem da sua terra.
Os que não eram de Almada, como os autarcas do executivo municipal, destruíram e arrasaram "democraticamente" Almada, contra a vontade dos almadenses.
Hoje temos um comboio em Almada com um traçado e inserção que não serve a população, um comboio que destruiu Almada.
Venceu a incompetência e o autismo de uns quantos que ou por terem sido eleitos ou por se encontrarem em lugares da administração pública acima do cidadão comum, consideraram-se impregnados de uma insuspeita e indiscutível competência técnica e de um saber que só eles têm, porque o Divino assim os contemplou uma vez "escolhidos" para os cargos ou funções de que abusaram.
o comboio vazio na ex-rua Lopes de Mendonça (destruída)
O Comboio em causa tem sido um desastre económico. A parceria negociada com o privado assegura sempre lucro ao privado. Como a bagunça e o "amanhanço" têm sido grandes na gestão das contas públicas, o dinheiro falta da parte do Estado para fazer as acordadas transferências para a concessionária e recompensá-la da falta de passageiros, que já se esperava.
O negócio saiu furado, o Estado foi entalado e os portugueses têm de pagar os erros que uns quantos senhores fizeram, quando foram atrás da conversa demagoga de uma presidente de Câmara.
O buraco é grande e ninguém assume responsabilidades, mas todos os implicado no negócio querem continuar a explorar o povo português com a fuga para a frente, para o precipício, para ruína económica do Estado.
Continua a não haver lucidez, nem consciência das realidades. Ainda não viram ou não querem ver a inutilidade deste projecto e que Almada não precisa do comboio, vulgo MST?
Parece que querem prolongar o saque ao povo português para este continuar a pagar os erros de maus decisores e de políticos menores.
Exemplo disso são condições da concessionária para renegociar a concessão: numa delas mais despesa para o Estado no prolongamento para a Costa da Caparica e Barreiro de um projecto falhado e que a evidência local mostra não ter viabilidade porque é desnecessário.
Querem continuar a rede do comboio num deserto. Para transportar areia?
Só devaneios mentais e acessos de loucura frequente camuflando interesses económicos com a utilização constante das palavras progresso e a chegada do futuro, permitiram levar por diante este ruinoso projecto, como se vê, dois anos após ter sido iniciada a exploração.
A única saída decente para a situação é parar com a sangria de dinheiro aos portugueses, pedir responsabilidade a quem entalou os contribuintes e os almadenses com esta aventura sem bases para chegar às metas de conveniência, ilusórias, que definiram.
Notícia do Diário Económico:
Concessão do Metro Sul do Tejo vai ser renegociada Nuno Miguel Silva 19/10/10 00:05
"Estado e empresa negoceiam em 2011 porque as receitas estão abaixo do previsto. A concessão do Metro Sul do Tejo vai ser renegociada em 2011. Conforme previa o contrato de concessão estabelecido entre o Estado e o agrupamento privado liderado pelo grupo Barraqueiro, as duas partes deveriam reavaliar o negócio caso as receitas previstas não fossem atingidas ao fim dos primeiros três anos de operação desta PPP - Parceria Público-Privada. Um cenário que se concretizou. O processo de renegociação deste contrato está incluído na proposta de Orçamento do Estado para 2011, apresentada sexta-feira pelo Governo. No entanto, não são fornecidos quaisquer pormenores sobre o ‘timing' ou as intenções do concedente Estado em relação a esta concessão. José Luís Brandão, administrador da concessionária do Metro Sul do Tejo, adiantou ao Diário Económico que foi "sem surpresa" que viu esta menção à necessidade de renegociação do contrato com o Estado. "Se, ao fim de três anos, as receitas não chegassem ao que estava previsto no contrato, havia sempre esta possibilidade. Agora, vamos ter de nos sentar à mesa, conversar e chegar a uma forma de entendimento. A concessionária está completamente disponível para o fazer", assegura José Luís Brandão. O administrador da Metro Sul do Tejo considera que o futuro desta concessão depende de três factores críticos: a redução da taxa de fraude para baixar as perdas de receita e os prejuízos; a atribuição de indemnizações compensatórias para contrabalançar os preços sociais das tarifas que não cobrem os custos de exploração; e a extensão da rede do metropolitano até à Costa de Caparica e ao Barreiro para ganhar escala, aumentar receitas e diminuir o peso das contribuições das indemnizações compensatórias através do Orçamento do Estado."
.
Os três factores críticos aqui apresentados são desastrosos para o futuro do comboio, de Almada e para os cofres do Estado:
.
1º- porque a concessionária reconhece a sua incapacidade ou incompetência para reduzir a fraude que diz ser causa de perdas de receitas e aumento dos prejuízos.
Deve estar a dizer ao Estado: ou resolves tu este problema ou vais continuar a ter de pagar mais "à cause" disso.
.
2º - diz claramente que o contrato das compensações tem de ser cumprido pelo Estado.
Dê por onde der.
.
3º - quer que o Estado continue a fazer despesa no prolongamento da rede para ganhar ...o quê ?
Escala (de quê ?) ou para o desastre económico ser maior e o Estado continuar a desmbolsar?
.
Talvez fosse correcto e sensato face à ruina económica do país, devido às más acções governativas, que o Estado deixe de alimentar a gula destes privados ou concessionários que enchem a tulha à custa do que é de todos nós.
Com este comboio, Almada e os almadenses sofreram o maior desastre urbano e social dos últimos 36 anos. Tudo isto, obra de uma Câmara comunista incompetente e sem sentido das realidades, que diz defender as pessoas e os interesses públicos.
No caso fez o contrário. Juntou-se a negociantes e exploradores dos recursos financeiros do país com exigências lunáticas, para arruinar a cidade e o concelho.
Curiosamente, alguns dos técnicos que andaram a trabalhar na implantação do comboio (vulgo MST), pagos para tal, conhecendo Almada e a sua vivência diziam que esta era uma obra desnecessária, que Almada não precisava disto, não iria ser útil a Almada, destruiria a cidade.
.
Só não via quem não queria ver, por interesse pessoal ou negocial, claramente...

2 comentários:

Anónimo disse...

Juntou-se a incompetência e irresponsabilidade dos autarcas de Almada à vontade de mostrar serviço sem conciência e responsabilidade dos decisores governamentais.
O resultado deu merda,um elefante branco a gastar o nosso dinheiro, quando o metro não fazia falta a Almada. Não ganhou Almada, nem o ambiente.
A poluição e os danos ambientais são maiores e piores hoje em Almada, do que antes.

Anónimo disse...

Setubalnarede publicou:

"Extinção do gabinete do metro não compromete futuro do projecto


A extinção do gabinete do Metro Sul do Tejo não deverá comprometer o futuro do projecto, apesar de a concessionária ter recentemente revelado que estava em dificuldades financeiras por falta do pagamento de indemnizações compensatórias no valor de pouco mais de 7 milhões de euros. José Luís Brandão, administrador da concessionária Metro Transportes do Sul (MTS), explica que a decisão do Governo “não influencia em nada o trabalho da empresa”, não colocando assim em cheque o seu normal funcionamento e, futuramente, o prolongamento do metro ao Seixal e ao Barreiro.




José Luís Brandão recorda que o gabinete do metro foi formado desde que a concessão para o transporte foi adjudicada, a 3 de Abril de 2002, enaltecendo o trabalho de Marco Aurélio, que “soube interpretar desde a primeira hora tudo aquilo que havia sido pedido pelo Estado”. O responsável pelo gabinete entretanto extinto reconhece que “este teria de acabar um dia”, garantindo, todavia, que as 5 pessoas que trabalhavam naquele organismo não terão os seus empregos em risco.



A extinção do gabinete do Metro Sul do Tejo foi recentemente aprovada pelo Conselho de Ministros, passando as funções do organismo a serem assumidas pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), bem como pela Autoridade Metropolitana dos Transportes (AMT), que tem funções ao nível do planeamento, financiamento, fiscalização, desenvolvimento e divulgação dos transportes públicos de passageiros. “Perante as funções do IMTT e do AMT, carece de sentido a existência de diversas estruturas com a mesma missão e competência”, adianta o comunicado da presidência do Conselho de Ministros.



A medida faz parte dos processos de reorganização na Administração Pública e integra a proposta de Orçamento de Estado para o ano de 2011, aprovada ontem na sua generalidade com os votos a favor do PS, a abstenção do PSD e os votos contra do CDS-PP, PCP e Verdes e BE. Do pacote da reorganização, faz ainda parte a fusão da Soflusa e da Transtejo e a extinção da Rave, cujas funções passam agora a ser da responsabilidade da Rede Ferroviária Nacional (Refer).



Bruno Cardoso - 04-11-2010 12:06"

È um fartote da contínua vilanagem, continuam todos a ganhar o mesmíssimo e o MST a dar prejuízo ao erário público extorquindo dinheiro do zé povinho.
Continua a boa Gestão do País e o regabofe da ladroagem continuada.